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domingo, 18 de março de 2012

Dire Straits de regresso a Portugal

 Ou melhor, The Straits estarão em Portugal para dois concertos certamente inesquecíveis, na cidade do Porto e de Lisboa, a 21 e 22 de Março respetivamente. Após uma rápida passagem em Portugal a 16 de Maio de 1992, no antigo Estádio José Alvalade, três elementos da mítica banda, Alan Clark, Phil Palmer e Chris White, sobem ao palco lusitano, acompanhados de Steve Ferrone (que já trabalhou com grandes artistas como Eric Clapton ou Tom Petty), Terrence Reis, com a árdua tarefa de substituir o único Mark Knofler, Mick Feat (que já colaborou com Tina Turner) e Jamie Squire, que constitui o elemento mais recente do grupo, o qual foi bem acolhido pela crítica enquanto teclista.

The Straits
 Dire Straits, uma banda intemporal

 Dire Straits surgiram em Inglaterra, no final da década de 1970, mais precisamente em 1977, pelo então jornalista e professor de literatura inglesa e futuro vocalista e guitarrista Mark Knopler, em conjunto com o seu irmão David Knopler, também na guitarra e segunda voz, o baixista John Illsley e o baterista Pick Withers.
Formação original dos Dire Straits
 Numa época em que o movimento punk fazia sucesso, o som da banda, apesar de inicialmente aparentar algumas influências desse novo estilo, contrastava-se a este centrando-se mais numa mistura de jazz, folk e blues, mais próximo do rock’n’roll.

Esta primeira formação dos Dire Straits gravou uma demo do futuro êxito Sultans of Swing, que rapidamente se tornaria um sucesso em várias rádios alternativas em Inglaterra. Seria em 1977 que o sucesso começaria, com a realização de uma tournée mundial como abertura dos concertos de Talking Heads. Isto proporcionou-lhe um contrato com a gravadora Vertigo, com a qual lançariam o seu primeiro álbum, “Sultans of Swing”, que rapidamente se tornaria um sucesso não só em Inglaterra, como também nos Estados Unidos.

O segundo álbum surgiria pouco depois, em 1979, “Communique”, que seria um sucesso ainda maior que o anterior. O lançamento deste álbum também se caracterizaria pela posterior saída de David Knopler, substituído por Hal Lindes. O terceiro álbum surgiria apenas um ano depois (1980), designado de “Making Movies”, do qual se destaca a faixa Romeo and Juliet. Em 1982, o quarto álbum de originais, “Love Over Gold” é lançado, no qual Terry Williams assume as responsabilidades de baterista da banda britânica.

Capa do álbum "Brothers in Arms"

Formação do Dire Straits durante a tournée "Brothers in Arms"                        
Apesar de no início da década de 1980 a banda já ser mundialmente reconhecida, o verdadeiro sucesso chegaria com o lançamento do seu quinto álbum, em 1985, “Brothers in Arms”. Este tornar-se-ia um clássico da história do Rock, chegando aos 30 milhões de cópias vendidas, o que lhe valeu um recorde no Livro do Guiness como primeiro compact disc a alcançar os milhões de cópias. Quase todas as faixas se tornaram verdadeiros hits, quem não conhece So Far Away, Money For Nothing (que contou com a colaboração de Sting e que lhes valeria um Grammy para Melhor Performance de Rock por Duo ou Grupo) ou Brothers in Arms.

Por esta mesma altura, o saxofonista Chris White junta-se à banda e a 25 de Abril de 1985 iniciam uma nova tournée mundial, iniciada Split na antiga Jugoslávia (atual Croácia). Destaca-se o concerto no mítico Wembley Stadium.

Após esta tournée, Mark Knopler anunciou a separação da banda, em Setembro de 1988, justificado por um grande nível de stress entre os vários elementos da banda pelo grande sucesso de “Brothers in Arms”:

"A lot of press reports were saying we were the biggest band in the world. There's not an accent then on the music, there's an accent on popularity. I needed a rest."

                                   Mark Knopler em entrevista à Rolling Stones Magazine

Assim, entre 1988 e 1991, Mark Knopler centrou-se no seu projeto a solo. De facto, em 1991, Knopler e Illsey decidem reavivar os Dire Straits, juntamente com os seus antigos teclistas Alan Clark e Guy Fletcher e o saxofonista Chris White. Phil Palmer tomaria o lugar de guitarrista em substituição de Jack Sonni e Jeff Porcaro, como baterista em substituição de Williams. Esta formação lançaria o último álbum de originais, em Setembro de 1991, intitulado “On Every Street”. O sexto álbum da banda apresentaria um sucesso menor que os seus antecessores, mas ainda assim um sucesso, com 8 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, alcançando o nº1 em Inglaterra e o nº12 nos Estados Unidos. Seguiram-se dois anos de tournée, nos quais a banda realizaria 300 espetáculos, um dos quais em Portugal. O último concerto da tournée e da própria banda ocorreria a 9 de Outubro de 1992 em Zaragoza, Espanha.

Foi o produtor-executivo do canal VH1, Bill Flanagan, quem associou o fim da tournée ao fim da banda numa entrevista à revista Gentleman’s Quarterly (actual GQ):

"The subsequent world tour lasted nearly two years, made mountains of money and drove Dire Straits into the ground. When the tour was over, both Knopfler's marriage and his band were gone"

Bill Flanagan em entrevista à Gentleman’s Quarterly
Em 1995, Knopler declara uma vez mais a dissolução dos Dire Straits, com o lançamento de um álbum final, “Live at the BBC”, que reunia uma série de faixas gravadas ao vivo entre 1978 e 1981.

Mark Knopfler a solo
Mark Knopler seguiu com sucesso uma carreira a solo e não tem demonstrado qualquer intenção de reunir novamente a banda, apesar de ser importante destacar que tem colaborado com os seus antigos companheiros, destacando-se o teclista Guy Fletcher, que tem participado em quase todo o material a solo de Knopler.


O concerto de The Straist terá inicio às 21 horas, com as portas abertas desde as 20 horas, no Hard Club, no Porto e na Aula Magna, em Lisboa. Os bilhetes para a capital já se encontram esgotados, mas, se ainda não tem bilhete, ainda poderá assistir no Porto a partir de 26 euros.

 Se por acaso teve a possibilidade de ver The Straits, por favor deixe-nos o seu comentário, se não teve essa sorte agradecemos igualmente o seu comentário.
Por último deixamos-lhe um dos clássicos dos Dire Straits, Money For Nothing ao vivo no Wembley Stadium, em 1985, em apresentação do seu então novo álbum "Brother in Arms".


Cumprimentos,

Shout



           

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