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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Rock in Rio 2012 – 26 de Maio

Linkin Park foram os  mais esperados da noite

O segundo dia do Rock in Rio foi um verdadeiro hino ao rock dos anos 90-00, que marcou uma geração que cresceu ao ouvir Limp Bizkit, The Offspring, Linkin Park e The Smashing Pumpkins.

Fred Durst surpreendeu todo o público pela sua postura
afável, aproximando-se do público para com ele  cantar
A noite começou em grande com os Limp Bizkit que apresentaram as suas músicas mais conhecidas, na sua maioria do álbum “Chocolate Starfish and the Hot Dog”, de 2000. Durante da hora que durou o concerto, ainda houve tempo de cantar In the End, dos Linkin Park e Why dont You Get a Job, dos Offspring. O curto concerto, que contou apenas com dez músicas, sendo apenas uma do seu mais recente álbum editado em 2011, terminaria em grande com o clássico Rollin.

The Offspring era um dos concertos mais esperados da
noite
The Offspring foi a banda que se seguiu. Apesar dos 46 anos de Dexter Holland já se fazerem notar, foi um concerto que muito entusiasmou o público português, há que destacar que era um dos mais esperados da noite. Não faltaram os grandes hinos dos anos 90, como Come Out and Play, Pretty Fly e Why Don´t You Get a Job. Foi uma verdadeira surpresa a atuação de Kristy, Are You Doing Alright?, uma música que demonstra o amadurecimento dos Offspring, do álbum “Rise and Fall”, de 2008. Mais um grande concerto que terminou com um mini-encore, com a apresentação de um dos seus primeiros sucessos, imediatamente reconhecido pelo público pelo seu “lalalalala” inicial, Self Esteem.

A noite já ia longa, o Parque da Bela Vista cheíssimo de fãs vestidos a rigor, quando subiu ao palco o nome mais esperado: os Linkin Park. Shout admite que foi o melhor concerto da noite, surpreendendo, por um lado, pela apresentação das músicas que todos desejavamos, como Somewhere I Belong, Numb, Breaking the Habbit, What I´ve Done, Leave It All The Rest, Crawling, In the End. Por outro lado, a empatia com o público foi simplesmente incrível, tendo Chester e Mike se dirigido, em momentos distintos, para o corredor que entrava pelos espectadores adentro, cantando com eles e recebendo um cachecol do Porto que lhe valeu alguns assobios. No final, Chester ainda atirou a sua camisa negra, incrivelmente suada após hora e meia de concerto, para o público. Além disto há que destacar a apresentação de algumas faixas do novo álbum “Living Things”, que será lançado no próximo mês de Junho e que se mostra mais próximo dos dois primeiros álbuns que tantos fãs apreciaram. O concerto terminaria com Bleed It Out, de 2008. (veja o seguinte video, um excerto da actuaçao In the End)


A encerrar o segundo dia de Rock in Rio, só faltavam mesmo a banda de Billy Corgan, The Smashing Pumpkins. Foi uma verdadeira surpresa que esta banda icónica regressasse aos grandes êxitos dos álbuns “Siamese Dream” e “Mellon Collie and the Infinite Sadness”, após uma recente declaração de Billy, único sobrevivente da formação original dos Smashing, em que afirmou a preferência do seu novo material em detrimento dos grandes clássicos. Neste sentido o concerto começara em grande com a apresentação imediata de Zero, Bullet with Butterfly Wings e Today. Também passaria pela Bela Vista Tonight, Tonight e 1979. O que originou algumas críticas pelo público foi a excessiva apresentação do novo material que faz parte do álbum “Oceania” que sairá a 19 de Junho. Porém, por muitas críticas que se façam não se poderá negar que as maiores canções que todos desejávamos ouvir foram tocada sob a voz única de Billy Corgan.
The Smashing Pumkins eram o  segundo cabeça-de-cartaz
da noite, encerrando-a com gtandes clássicos

Foi uma noite de rock inesquecível, ultrapassando em larga escala o primeiro dia e antecipando mais um fim-de-semana que se espera grande, com participações únicas de Maroon 5, Stevie Wonder e Bruce Springsteen que no caso do primeiro se estreiam em Portugal, e no segundo e terceiro que regressa finalmente a Portugal ao fim de duas décadas, para dois concertos há muito esperados, entre outros grandes nomes da música nacional e internacional.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Rock in Rio 2012 – 25 de Maio

O festival arrancou este fim-de-semana com o dia do metal, encabeçado
por um dos Big 4, Metallica

Começou este fim-de-semana mais uma edição do maior festival do mundo, este ano em Lisboa, o Rock in Rio. Shout esteve lá e conta-lhe todos os pormenores.

O festival começou na passada sexta-feira, dia 25 de Maio, com o dia mais pesado, contando com a presença de Sepultura e Les Tambours du Bronx, Mastodon, Evanescence e, como cabeça de cartaz, Metallica.
Metallica nao desiludiram o público portugues que aguardava
por este reencontro desde 2008

Há que destacar o concerto do Metallica que foi um verdadeiro tributo ao seu mais conhecido álbum “Metallica”, também conhecido por “Black Album”, de 1991. Assim, não faltaram os seus temas de maior sucesso, como Nothing Else Matters, The Unforgiven e Enter Sandman, que terminou a primeira parte do concerto, à qual se seguiu, como não poderia deixar de ser, o encore.


Foi sem dúvida o concerto da noite, terminando com James Hetfield a correr com a bandeira portuguesa às costas e a distribuir inúmeras palhetas entre os fãs, e com o baterista Lars Ulrich a cuspir cerveja para cima dos mesmos. Shout gostaria de destacar o momento de Nothing Else Matters, durante a qual o público se iluminou com a camaras fotográficas e telemóveis, a registar o momento. Enter Sandman foi, sem dúvida, outro grande momento do concerto, acompanhado de labaredas e fogo-de-artifício que saía das extremidades do palco (veja o vídeo que se segue e pedimos desde já desculpa pela fraca qualidade da gravaçao). O palco, ligeiramente diferente do do dia que se seguiu, tinha um anel que permitia a aproximação ao público, que os vários membros não deixaram de utilizar e ao qual James Hetfield, vocalista, definiu, e passamos a citar, “It feelsgood in here,  it smells worst, but it feels good”.
Quanto aos restantes concertos do dia do metal, os Sepultura, que abriram a noite, fizeram-se acompanhar dos franceses Les Tambours Du Bronx, banda de música industrial. Foi uma mistura interessante, visto que os dois tipos de som acabavam por se complementar. Por sua vez, os Mastodon, começando minutos antes do previsto também não desapontaram o público português ao apresentarem várias faixas do seu mais recente álbum “The Hunter”, cujo título serve de homenagem ao irmão do guitarrista Brent Hinds, que faleceu em 2010 vítima de ataque cardíaco enquanto caçava. Foi um concerto que, ainda dentro do registo do metal, se aproximou mais do rock, sendo esta uma das características do seu mais recente álbum, sobretudo quando comparado com os brasileiros Sepultura que se pode admitir como os mais pesados da noite.

Mastodon foram a segunda actuaçao da noite
Aos Mastodon, seguiram-se os Evanescence que, apesar da impecável voz de Amy Lee, desapontaram um pouco, na opiniao de Shout, pelo facto de não apresentarem os seus temas mais conhecidos. Na verdade, apenas dois foram apresentados durante a hora que durou o concerto, Going Under e Bring Me to Life, ambos do seu álbum de estreia “Fallen” de 2003.

As portas abriram às 16 horas, mas horas antes, já um vulto negro começava a formar-se à entrada. O público foi-se acumulando ao longo da noite, atingindo o seu auge, como seria de esperar, às 23.30 horas para o concerto dos Metallica.

Pode dizer-se que o festival arrancou com grande sucesso, que seria ultrapassado no dia seguinte.

Cumprimentos,

Shout

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Passado conhece o Futuro: The Asteroids Galaxy Tour


“We didn’t want to bore people with our private diaries. We wanted to make music with a truly filmic quality—songs that feature characters that aren’t necessarily us. Songs with bad guys, heroes, and lovers.”
Lars Iversen


The Asteroids Galaxy Tour: (da esquerda para a direita) vocalista Mette Lindberg
e produtor e compositor Lars Iversen
Projeto nascido em Copenhaga, The Asteroids Galaxy Tour é capaz de ser a uma das bandas da década com o nome mais apropriado. Neste novo post de Shout explicamos-lhe o porquê.
Mette Lindberg, uma verdadeira personagem dos anos 80, e Lars Iversen constituem esta banda dinamarquesa que mistura o pop alternativo com o psicadélico e o indie, contrapondo-se à maioria das bandas escandinavas suas contemporâneas adversos à música pop.

No entanto, apesar de Lindberg e o produtor Iversen constituírem o núcleo desta banda, são eles os primeiros a admitir que The Asteroids Galaxy Tour não são, nem nunca foram somente um duo, mas sim uma entidade coletiva de amigos, diferenciando-se um pouco do conceito tradicional de “banda”. Assim, aos dois já referidos, é necessário acrescentar Miloud Carl Sabri (trompetista), Sven Meinild (saxofonista), Mads Brinch Nielsen (guitarrista) e Rasmus Valldorf (baterista), que acompanham o duo nos seus espetáculos ao vivo.

Porque é que The Asteroids Galxy Tour é um nome tão apropriado para esta banda pop? A verdade é que esta banda, fortemente influenciada pelo pop psicadélico, como já aqui foi referido, consegue aliar de forma única as músicas puramente pop dos anos 80 a uma componente mais futurística. De facto, tanto as suas músicas como os seus vídeos relembram a visão que era projetada nos filmes de ficção científica dos anos 80, em que os carros voavam e as pessoas viviam em Marte. Até mesmo a própria qualidade dos vídeos projetam essa ideia. O resultado são músicas alegres que ficam no ouvido logo à “primeira vista”, para o que a voz única de Mette Lindberg também contribui.

Lindberg e Iversen já trabalham em conjunto há cerca de dez anos, mas apenas em 2007 fundaram The Asteroids Galaxy Tour, lançando o seu álbum de estreia “Fruit”, em 2009. Com certeza que conhece algumas músicas, quem não se recorda do anúncio da Heineken? (veja o seguinte vídeo).

Capa do novo álbum lançado em Janeiro
de 2012
O segundo álbum, “Out of Frequency” também já se encontra à venda desde Janeiro deste ano e não desilude os fãs, ao manter o mesmo registo alternativo do seu antecessor.

Terminamos deixando-os com o primeiro single, Heart Attack do mais recente álbum, “Out of Frequency”.
Após umas curtas férias regressamos, assim, com mais uma banda Shout.

Cumprimentos,
Shout