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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Madonna vs. Lady Gaga: que comece a guerra


Madonna declarou "guerra aberta" a Lady Gaga durante o seu concerto em Tel Aviv
Desde que no início do ano passado Lady Gaga lançou o seu single Born This Way que se criaram rios de tinta, acusando a nova-iorquino de plágio ao clássico dos anos 80 de Madonna, Express Yourself. Imediatamente, Gaga respondeu às críticas, no programa The Tonight Show with Jay Leno, afirmando que a Rainha da Pop lhe havia enviado um e-mail de amor e completo apoio. 

Apesar das comparações continuarem, sobretudo por parte dos fãs de Madonna, a situação pareceu acalmar até ao final do mês de Maio de 2012, aquando o início da tournée MDNA da cantora de Like a Virgin, que passará por Coimbra a 24 de Junho.

Apesar de nunca ter tecido comentários a respeito do suposto plágio, a 31 de Maio de 2012, no seu primeiro concerto da tournée MDNA, em Tel Aviv, Israel, Madonna quebrou o silêncio e apresentou uma mash-up do seu Express Yourself com Born This Way da jovem de 25 anos, terminando com “she´s not me” . (veja o seguinte vídeo)

Só a 7 de Junho, num concerto em Auckland, Nova Zelândia, Lady Gaga responderia tomando uma via superior: durante a atuação de Hair, montada numa mota/piano, Gaga afirmou:

“It sometimes makes people feel better about themselves, you know, to put other people down or make fun of them or maybe make mockery of their work. I don´ t even want to fight back because it´s more important to me to keep writing music. […] Things are really different now than they were 25 years ago, and that´s what make Born This Way so relevant for me. We´re socially in a completely different place and it´s ok, we don´t have to all slice and hate each other anymore.” (veja o vídeo seguinte)

Sem nunca referir o nome do seu ídolo, Lady Gaga ganhou, na opinião de Shout, esta primeira batalha ao evitar descer ao nível da crítica desesperada de Madonna, ainda que contextualizada numa grande atuação. Há, no entanto, que referir que, apesar de tal atitude e de já ter considerado a música de Gaga de “reductive”, isto é, simplista, a Rainha da Pop considera a autora de Bad Romance uma verdadeira artista. 

Esperemos mais desenvolvimentos e, assim, a derradeira vitoriosa, desta guerra de divas como há já algum tempo faltava ao mundo da música.

Cumprimentos,
Shout

domingo, 10 de junho de 2012

Rock in Rio 2012 - 3 de Junho

Bruce Springsteen, regresso muito aguardado pelos portugueses, era o nome mais esperado da noite,
reunindo 81 mil espectadores

O quinto e último dia do Rock in Rio 2012 foi uma verdadeira celebração do rock nacional e internacional, desde os jovens Kaiser Chiefs à lenda de Bruce Springsteen.
Após vários a referência desta atracção por
vários artistas, o vocalista dos Kaiser Chiefs
foi o primeiro que se arriscou às torres do slide
A responsabilidade de abrir o Palco Mundo no último dia recaiu sobre os britânicos Kaiser Chiefs. Já bem conhecidos pelos portugueses caracterizaram-se por muita energia inevitavelmente influenciando o público. Everyday I Love You Less and Less e Ruby foram os clássicos que não faltaram. No entanto e uma vez que o seu novo álbum “Start the Revolution Without Me” era lançado nesse mesmo dia, não faltaram igualmente novas músicas, “Who doesn´t like to hear new songs in a concert?, afirmava o louco vocalista Ricky Wilson. (poderá conter algumas alterações) O momento mais inesquecível, e único em toda a história do Rock in Rio Lisboa, ocorreu quando Ricky Wilson abandona o palco e se dirige para a torre do slide, prosseguindo a com a sua atuação, e se lança pelos céus do Parque da Bela Vista, proporcionando um dos grandes momentos da edição 2012.

James são presença assídua em Portugal, de facto, Saul Davies,
que subiu ao palco exibindo a camisola da selecção
portuguesa, com o nome James estampado, vive em Portugal
Após a louca atuação de Kaiser Chiefs seguiram-se os também britânicos, e também bem conhecidos pelo público português, James. Apesar da já longa carreira conseguiram mexer com o público ao apresentarem os seus clássicos que o público português bem conhece, como Laid, Sometimes e Getting Away With It. Quando Tim Booth se senta nos minutos finais do concerto, todos sabiam o que se seguia: o grande Sit Down, que contou com o apoio vocal do entusiasmado público. Um concerto que além de contar com a estranha dança epiléptica de Tim Booth, ainda permitiu um momento de crítica social protagonizado pelo guitarrista Saul Davies que, num português quase perfeito, questionou as atuações económicas do Estado português e as suas consequências na educação, nomeadamente o encerramento de escolas, seguindo-se-lhe uma ovação bem merecida.

A representação portuguesa no Palco Mundo não poderia
ter estado em melhores mãos que a maior banda rock
portuguesa de sempre, num inesquecível concerto
de greatest hits 
A noite ainda nem a meio ia quando a maior banda rock portuguesa de todos os tempos subiu ao palco: Xutos e Pontapés. Este orgulho nacional com capacidade de mover gerações de todas as idades, já havia atuado, nesta quinta edição do festival em Lisboa, no Palco Sunset, acompanhados dos brasileiros Titãs. Porém no último dia tomam o seu merecido lugar no Palco Mundo para um grande concerto recheado de clássicos, passando pelo álbum de 1985 “Cerco” até “Xutos e Pontapés” de 2009. Tiveram ainda tempo de passar pelos projetos a solo de alguns dos elementos, nomeadamente Tim e Kalú, levando o público ao rubro, terminando com uma das suas melhores músicas Para Sempre.  

Apesar dos seus 62 anos, The Boss mostrou uma energia e
presença de palco únicas, tornando este concerto
certamente inesquecível para as 81 mil pessoas
 que estiveram presentes
Todas as condições estavam estabelecidas para a entrada do grande nome da noite e, arrisca-se Shout a dizer, do próprio Rock in Rio: Bruce Springsteen and The E Street Band. As espectativas eram elevadas e, conhecendo o trabalho de Springsteen, impossíveis de saírem goradas. Após um atraso de vinte minutos, que lhe valeu alguns assobios, The Boss, enveredando o típico colete e camisa escura, entra em palco acompanhado da E Street Band com We Take Care of Our Own. Seguem-se mais algumas faixas do seu mais recente álbum “Wrecking Ball” até que, ao iniciar uma grande apresentação de My City of Ruins , surpreende tudo e todos ao dirigir-se aos seus fãs num português com um forte sotaque. Foi um concerto repleto de grandes momentos. Após uma apresentação inicial de “Wrecking Ball” seguiu-se uma segunda parte caracterizada pelos grandes clássicos que levou o público português que há já quase duas décadas ansiava por este reencontro, ao delírio. Because The Night, Born in the USA, Glory Days, Born to Run, River e Hungry Heart com as primeiras estrofes, como já é habitual em Springsteen a ser cantados na íntegra pelos seus fãs, entre muitas outras estiveram presentes. The Boss, além de uma forte aproximação ao público, acedeu igualmente a “discos pedidos”, ao ir buscar cartazes com as músicas que os fãs desejavam ser apresentadas: além do já referido Hungry Heart, também She´s the One e I´m on Fire corresponderam a esses desejos. Há ainda que destacar outros grandes momentos: a atuação de Waiting on a Sunny Day na qual o Bad Scooter contou com a ajuda vocal de uma criança que se encontrava no público; Dancing in the Dark que, reconfigurando o vídeo original da música que contava com a participação de uma jovem Courtney Cox, Springsteen foi buscar ao público duas jovens muito entusiasmadas que com ele “dançaram no escuro”, havendo algumas dificuldades em fazê-las regressar ao seu lugar (veja o video seguinte); e Thunder Road, dedicado aos inúmeros fãs portugueses que estiveram presentes na longínqua atuação de Springsteen no estádio José de Alvalade, em 1993. Porém o grande momento do espetáculo foi a apresentação de 10th Avenue Freeze Out, um verdadeiro tributo ao falecido saxofonista da banda, o Big Man Clarence Clemmons. Após o ecrã gigante que se encontrava por trás do palco ter estado apagado ao longo de todo o concerto, acendeu-se no momento de 10th Avenue Freeze Out, demonstrando imagens de Clarence Clemmons. Um momento, sem dúvida, muito emocionante tanto para o público como para os artistas. Após 2horas e 40 de um grande espetáculo, Bruce Springsteen e a E Street Band ainda tiveram forças para o seu cover do clássico popularizado pelos Beatles Twist and Shout que se tornou um momento ainda maior quando deflagrou o já comum fogo-de-artifício do final de um dia de concerto.

Terminado o Rock in Rio Lisboa 2012, Shout tem o prazer de informar que foi um verdadeiro sucesso, marcado por grandes bandas e artistas nacionais e internacionais. Apesar de grandes prestações por parte de todos os que passaram pelo Palco Mundo, Bruce Springsteen and The E Street Band foram, sem dúvida ,os que proporcionaram os melhores momentos desta quinta edição. Um concerto memorável e há muito ansiado pelos milhares de fãs que estiveram presentes na última noite no Parque da Bela Vista.

Cumprimentos,
Shout

terça-feira, 5 de junho de 2012

Rock in Rio 2012 – 2 de Junho

Bryan Adams, juntamente com Stevie Wonder, era um dos nomes mais aguardados
do quarto dia do Rock in Rio

 O quarto dia do Rock in Rio Lisboa ficou marcado por uma mescla de estilos musicais, desde o pop dos The Gift, passando pelo rock de Bryan Adams e pelo soul de Joss Stone e Stevie Wonder.

The Gift abriram a noite
Os portugueses foram os primeiros a subir ao palco, marcando o regresso de Sónia Tavares após ter sido mãe. Com vestimentas multicoloridas, que relembram a capa do seu álbum de 2011 “Explode”, premiado pelo site Art Vinyl como uma das melhores capas de 2011, iniciaram a atuação com Driving You Slow, prometendo desde logo um concerto de greatest hits. E assim foi, ao qual não faltou Ok! Do You Want Something Simple?, a portuguesa Fácil de Entender, bem como o seu mais recente Primavera, já um hit das rádios nacionais. Music terminou o concerto que permitia já antever uma noite de grandes atuações.

Joss Stone foi mais uma dos artistas a fazer alusão ao slide
que, pelos vistos, fez tanto sucesso entre os fãs como pelos seus ídolos
Seguiu-se the one and only Joss Stone que iniciou o seu concerto com um poderoso grito, invadindo o público com a sua boa disposição. A “menina dos pés descalços” atuou durante cerca de uma hora, durante a qual houve tempo para improviso, algumas chávenas de chá e ainda um excelente cover da canção popularizada pelos Florence and The Machine You Got The Love, com um estilo muito mais soul e gossip que a versão de Florence Welch. Obviamente que não faltaram as suas músicas mais populares, como Super Dupper Love, You Had Me, terminando com um estrondoso final com a apresentação de Right To Be Wrong. A simpatia e descontração, aliados a uma poderosíssima voz foram sem dúvida os ingredientes para perfeitos para o sucesso deste concerto.

Após viver parte da sua juventude em Portugal,
 Bryan Adams ainda se lembrava um pouco do português,
terminando com “muitos beijinhos”
com sotaque para os seus fãs.
O primeiro dos dois cabeça-de-cartazes da noite subiu ao palco às 22.10h, aguardado por uma imensa multidão de fãs. Bryan Adams percorreu todo o seu reportório, proporcionando uma inesquecível viagem no tempo. Summer of 69 foi um dos inúmeros clássicos que passou pelo Palco Mundo, levando os fãs ao delírio. Há que destacar o momento da apresentação de When You´re Gone, que na versão original contava com a participação da ex-Spice Girl Mel C. Necessitando de uma segunda voz, Bryan Adams pediu ao público a sua colaboração chamando ao palco um fã. Apesar dos seus 52 anos e destes já se começarem a notar a nível físico, o canadiano ainda conseguiu colocar várias jovens a chamar por si. Subiu ao palco a cantora Vanessa Silva, gerando algum debate sobre a arbitrariedade da escolha. Porém, Shout prefere acreditar na magia do espetáculo e que tudo não passou de pura coincidência. Para terminar da melhor forma, Bryan Adams, sozinho em palco, apresentou versões acústicas de um dos seus primeiros clássicos Straight From the Heart e da banda sonora do filme “Os Três Mosqueteiros” All For Love, tendo pedido às 69 mil pessoas que estavam presentes que acendessem os seus telemóveis, proporcionando um momento único.

Stevie Wonder conseguiu criar uma empatia única
com os portugueses que com certeza tao cedo nao o esquecerao
Para finalizar a noite só faltava mesmo uma lenda viva: o rei do soul Stevie Wonder. Esta oitava maravilha do mundo voltou a Portugal após uma atuação única há cerca de duas décadas. Stevie Wonder é um daqueles concertos que só mesmo vivenciando se percebe a sua grandeza. Uma energia e alegria única caracterizam este artista, transformando o seu concerto numa verdadeira festa, sendo impossível não ser arrastado pelo ritmo. Isn´t She Lovely, I Just Call To Say I Love You e Superstition não faltaram, tendo ainda havido tempo para um incrível cover do falecido rei da pop, Michael Jackson (veja o vídeo seguinte), ao qual Stevie Wonder referiu como sendo indispensável num concerto. Igualmente, ainda houve tempo para uma rápida passagem pelos The Doors, com Hello, I Love You, bem como do clássico de Vinicius de Moraes Garota de Ipanema e Você Abusou. Love foi sem dúvida a palavra de ordem, tendo o rei do soul afirmado inúmeras vezes “I love you! Do you love me?.


Mais uma grande noite proporcionada pelo Rock in Rio que estava a um dia de terminar a sua 5ª edição em Lisboa.


Cumprimentos,
Shout

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Rock in Rio 2012 – 1 de Junho

Lenny Kravitz foi o cabeça de cartaz do 3º dia do Rock in Rio Lisboa,
assumindo essa responsabilidade na perfeiçao

O segundo fim-de-semana do já considerado maior festival do mundo juntou bandas e artistas dos dois lados do Atlântico.

New Max e Demo, com grande entusiasmo, admituram
em pleno concerto que a presença no Rock in Rio era um dos
momentos mais altos da sua carreira, iniciada em 1999
Os Expensive Soul, primeiros portugueses a pisar o Palco Mundo na 5ª edição do Rock in Rio Lisboa, abriram a noite. O entusiasmo de New Max e Demo era evidente imediatamente desde o início do concerto e a energia que os caracteriza não tardou a aparecer.  Há que destacar o momento da atuação de O Amor é Mágico, momento também de homenagem aos representantes de Portugal nos próximos Jogos Olímpicos em Londres,
demonstrando que os portugueses não poderiam estar melhor representados quer nos míticos Jogos, quer no Rock in Rio.
Ivete Sangalo até esta ediçao nunca falhou um Rock in Rio Lisboa,
tendo afirmado aos seus fas durante o concerto que já considerava
Portugal a sua casa
A eles seguiu-se a poderosa Ivete Sangalo, presença assídua do Rock in Rio Lisboa. Como já seria de esperar pôs todo o público a sambar, percorrendo todo o seu reportório, sem esquecer os grandes clássicos da Banda Eva. Não faltou o medley Eva/Alo Paixão/ Beleza Rara, terminando com Areré. No entanto, o momento mais inesquecível foi protagonizado por uma Ivete sentada ao piano a cantar o seu cover de Easy, canção popularizada pelos Faith No More, durante o qual os vários telemóveis dos fãs se acenderam, originando um verdadeiro oceano de pirilampos. Um momento mais light numa atuação cheia de power.

De acordo com a Blitz, mais de 50 % dos espetadores desta
noite vieram para assistir ao concerto dos Maroon 5
Maroon 5, um dos nomes mais aguardados da noite, subiram ao palco às 22 horas. Esta foi a estreia de Adam Levine e da sua banda em Portugal e não poderia ter corrido de melhor forma. Tal como prometido numa entrevista anterior, os californianos centraram-se sobretudo no seu material mais antigo e conhecido. This Love, Harder To Breathe, Makes Me Wonder, Misery e Moves Like Jagger não faltaram. Do seu mais recente álbum apenas apresentaram a também já conhecida Payphone, como abertura do concerto. O final foi simplesmente incrível com uma versão acústica de She Will Be Loved, cantada com ajuda do público e que incluiu comentários de Adam referente aos corajosos que se arriscaram ao slide (uma das diversões mais concorridas do festival) durante a sua atuação. Citando “That looks scary as shit! Ok, he survived, good.” Sem dúvida um dos melhores concertos do festival.

Só um grande nome se poderia seguir aos Maroon 5 e terminar em grande esta noite e, assim, o excelentíssimo senhor Lenny Kravitz subiu ao Palco Mundo. Após um grandioso concerto em 2008 (salvando a noite após o fracasso da falecida Amy Winehouse), o nova-iorquino presenteou-nos com mais uma grande atuação. É necessário referir que o alinhamento não foi o mais correspondido pelo público, faltando clássicos como I´ll Be Waiting, I Belong To You ou Dig In, além da aposta em algum do novo material retirado do seu mais recente álbum Black and White America, lançado no ano passado. Porém, ainda se ouviram alguns clássicos que levaram o público ao rubro, como American Woman e Fly Away. Imediatamente após a atuação desta última começam-se a ouvir os inconfundíveis acordes de Are You Gonna Go My Way (veja o seguinte vídeo, pedimos desde já desculpa pela qualidade do som), que contou com uma grande prestação da qual a guitarra foi a protagonista. Este concerto de cerca de hora e meia teve ainda direito a um encore, com um Lenny Kravitz de olhos despidos e que surpreenderia o público como só a relação única deste com o público o poderia fazer: abandonando o palco, dirigiu-se aos seus fãs, passou a barreiras metálicas que os separavam e foi cantar mesmo no meio, à altura dos fãs, sendo imediatamente rodeado por estes, não poupando os abraços. Sem dúvida um dos momentos da noite que apenas o grande Lenny Kravitz poderia proporcionar.

O terceiro dia do Rock in Rio Lisboa 2012 acabou por se caracterizar por grandes nomes acompanhado de grandes atuações que ultrapassaram largamente a qualidade do fim-de-semana anterior.



Cumprimentos,

Shout